terça-feira, 18 de novembro de 2014

"FICAR"


“Ficar” é a forma que os adolescentes encontraram para se aproximarem do outro sem o compromisso do encontro sexual propriamente dito. O “ficar” é uma espécie de treinamento para o “saber fazer”,  ao mesmo tempo que alivia a angústia de ainda não ter experimentado o sexo.
Os adolescentes sabem bastante sobre prevenção a gravidez e a doenças sexualmente transmissíveis. Sobre esses temas eles possuem muita informação. Sobre o que eles não sabem é como se relacionar, como conquistar, não sabem sobre a questão da paquera, da sedução, como envolver o outro, como agradar e ser aceito.

Mas não há como aprender se não for  “fazendo”.  Por mais que eles pesquisem na internet, perguntem aos amigos ou escutem as palestras na escola, ainda assim é necessário que eles tenham um espaço, e de preferencia monitorado por um adulto de confiança, para que eles possam ir se relacionando com o outro, conhecendo a si mesmos e elevando a autoconfiança para a aproximação.
Uma boa oportunidade para isso é quando a família oferece uma “sessão de cinema” em casa, em que alguns colegas são convidados para ver um filme que tenha um tema polêmico, comer pipoca e beber um refresco. O adulto, depois  então  poderá conversar sobre o filme, procurar compreender o que eles entenderam do tema para, sem moralismo, ir conhecendo os amigos/as dos filhos e assim, permitir que os mesmos tenham uma aproximação saudável.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

O CARTEL DA (DÁ) PULSÃO


Maria Aparecida Oliveira do Nascimento*

 

A pulsão sempre foi um conceito obscuro e pouco inteligível para mim. Quando do estudo deste tema no Seminário de Metapsicologia a questão que se colocou inicialmente foi a pulsão de morte. Propus-me a escrever sobre ela como trabalho final de curso. No entanto fui impedida de pesquisa-la por um determinado tempo. Algo insistia em mim e em todos os momentos eu me via voltando a esta questão. Não sabia dizer exatamente do que se tratava, mas restava algo que continuava me incomodando, me afetando e porque não dizer, me contaminando. É “nesse estado de peste”[1] que venho falar, ainda que de forma tímida do meu pequeno percurso no estudo deste conceito. E, quem sabe, contaminá-los também.

domingo, 9 de novembro de 2014

PAPO RETO - A VOZ E A VEZ DO JOVEM!

Filme produzido pelos adolescentes e equipe do PAPO RETO, com recortes dos encontros e do Fórum de Debates apresentado no dia 21 de setembro - dia do adolescente  para a comunidade do bairro Taquaril.




Muito legal!

sábado, 11 de outubro de 2014

JOVEM ADULTO: MORAR OU NÃO NA CASA DOS PAIS?

Vivemos numa era de mudança de paradigmas e valores sociais, familiares e culturais.
Um jovem adulto morar ou não na casa dos pais não é problema, haja vista que na era medieval os castelos comportavam uma família enorme com tios, sobrinhos, netos, bisnetos, etc, mas cada um tinha o seu papel e a sua identidade bem definida.
Porém, atualmente perdeu-se essa identidade e papéis.

domingo, 31 de agosto de 2014

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Trabalho: uma perspectiva de saúde mental para o adolescente


Work: a perspective of mental health for the adolescent

Adriana C. Olimpio[1], Marília de F. Maakaroun[2]

 Resumo:

 A atividade de trabalhar é fundamental para a construção da identidade psíquica do sujeito. O trabalho, comumente, é um espaço onde o sujeito pode expressar sua criatividade, seu sentimento de produtividade e pertencimento, contribuindo, dessa forma, para a construção de vínculos sociais. O trabalho é natural ao homem e é determinante na subjetividade e cultura humana.  A adolescência, por suas características peculiares quanto a mudanças do ponto de vista biológico, psíquico e social necessita de atividades produtivas como a arte, o trabalho e outras, para a construção da sua identidade.  Neste sentido, o trabalho, especialmente para o adolescente, promove um sentimento de produtividade, autonomia e inserção social, resultando no aumento da sua auto-estima e da auto-confiança. Este artigo, na sua primeira etapa aborda de forma sucinta a história do trabalho humano. Em seguida, são tratadas teorias diversas que sintetizam sobre o desenvolvimento psíquico da adolescência e a importância do trabalho para esse desenvolvimento. Acredita-se que, discorrendo sobre as várias dimensões da atividade de trabalhar, sobre a adolescência e sobre a importância do trabalho para o adolescente como possibilidade de proteção e resiliência, possa despertar o interesse de profissionais que lidam com adolescentes sobre esse tema.

 Palavras chave: trabalho, adolescência, identidade, sublimação.

Abstract:

The activity to work is basic for the construction of the psychic identity of the citizen. The work, comumente is a space where the citizen can express its creativity, its feeling of productivity and belonging, contributing, of this form, for the construction of social bonds. The work is natural to the man and is determinative in the subjectivity and culture human being. The adolescence, for its peculiar characteristics how much the changes of the biological, psychic and social point of view need productive activities, as art, the work and others for the construction of its identity. In this direction, the work, especially for the adolescent, promotes a feeling of productivity, autonomy and social insertion, resulting in the increase of its auto-esteem and the auto-confidence. The objective of this article is, through bibliographical survey, to discourse on some dimensions of the work, on the adolescence and the importance of the work for the adolescent as possibility of protection and resilience.


Key words: job, adolescence, identity, subliming.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Neurose obsessiva: observações


Mania e rituais obsessivos: conferir portas, janelas, gás...
Ideias  e pensamentos obsessivos sem delírio. Monotonia de raciocínio, loucura da dúvida, patologia da inteligencia. O sujeito sofre dos pensamentos.

·         Posição ativa na obtenção de prazer na infância. Seus pensamentos são sujos, ultrajantes, o que gera sentimento de culpa.

·         Necessidade de dar algo ao outro, produzir algo.

·         Na obsessao, nas mulheres não há “natureza feminina”(maternagem).

·         O que se ama no outro é sempre um traço que representa o “eu”. Ama no outro algo que parece consigo mesmo.

·         Expressões extremadas: ou bem a inibição ou bem a compulsão.

·         Posição sacrificial: crueldade do supereu, auto recriminação.

O neurótico obsessivo não se arrisca porque precisa ser perfeito e ter certeza de que tudo vai sair com perfeição – dar certo. É perfeccionista, mas se autocritica.

quarta-feira, 30 de julho de 2014


SERÁ QUE EXISTE AMOR FELIZ?

Guy Corneau
Ed. Campus, 1999
Resumo

 Introdução:

Aos poucos compreendi que o amor é essa imensa força de coesão que, de forma confusa nos lança uns sobre os outros através do desejo e do sofrimento.

O enfrentamento dos obstáculos é um meio de nos revelarmos a nos mesmos.
O amor tornou-se para mim um estado interior que não depende de uma companhia, mas sei também que tem de ser inventado sempre, todos os dias, e que não existe tarefa mais nobre e mais urgente do que a de renovar o amor humano.

Conflitos oriundos dos relacionamentos - posse de território (essa pessoa é minha), demarcação de limites (isso você não pode fazer), definição de papéis (eu faço isso e você faz aquilo).

Tais conflitos, inicialmente poderão gerar tumulto, mas num segundo momento, se o casal buscar uma reflexão sobre os mesmos poderão tornar-se motivos de renovação do relacionamento.
 
Então, dos conflitos pode surgir o companheirismo, a cumplicidade com ajuda mútua e sentimento de igualdade.

A felicidade a inventar:  uma nova aprendizagem.

A conquista da intimidade:
- desestabilização da sociedade patriarcal
- esclarecimento da formação do ego e complexos parentais
- auto estima
- arquétipos: animus e anima
- dinâmica dos sexos e entre os sexos
- relações amorosas – dificuldades dos casais – repetições.
- Intimidade conosco mesmos.

 

quinta-feira, 24 de julho de 2014

A ERA DO BEBÊ TURBINADO


Revista Época, 4 de junho de 2001, p. 60 e 61

Por Cristiane Segato

Para o neurologista Saul Cypel, está provado que crianças hiperativas são fruto de pais ansiosos e desencontros familiares contornáveis.

Há três décadas, Saul Cypel, especialista em neurologia infantil observa crianças hiperativas. É impossível não notar a chegada de uma delas ao consultório. O alvoroço logo toma conta da sala de espera. Quase simultaneamente arrastam cadeiras, avançam sobre lápis e canetas, pulam sem parar. A inquietude e o interesse pulverizado costumam ser interpretados pelos pais como sinais de vivacidade. Para Cypel, de 58 anos, pai de quaro filhas adultas, podem ser indícios de hiperatividade e dificuldade de atenção. O problema é sério. Aparece nos primeiros meses de vida e desencadeia dificuldades de aprendizado e convivência social ao longo da vida. O neurologista explica que o distúrbio pode ser revertido com acompanhamento adequado e, só em alguns casos, prescrição de medicamentos.

EPOCA: Por que as crianças de hoje se tornam hiperativas e desatentas? A culpa é dos pais ou do meio em que vivem?

Saul Cypel: Tentar atribuir culpas não é uma boa estratégia. O comportamento da criança nasce da conjunção de fatores familiares com individuais. E difícil determinar a origem exata do problema. Vemos famílias com três filhos nas quais apenas um é hiperativo. Tudo depende da interação de cada criança com o ambiente em que vive. No entanto, notamos semelhanças na história dos hiperativos. Em geral, são crianças geradas em uma gravidez difícil, num ambiente cheio de ansiedade. Já nos primeiros meses o bebe mostra-se inquieto. Com 2, 3 meses tem dificuldade para dormir. Acorda muitas vezes à noite. A solicitação da criança é tamanha que os pais ficam exauridos.

sábado, 19 de julho de 2014

Nunca aos domingos


Um filme que mostra que o dinheiro não paga tudo!



Direção: Jules Dassin, 1960
Local: Grécia.
Sobre um americano que em visita à Grécia se surpreende com o modo de vida de uma mulher (Ilya, interpretado por Melina Mercouri) que faz o que lhe convém!

terça-feira, 15 de julho de 2014

O EGO E OS MECANISMOS DE DEFESA

Os mecanismos  de  defesa são formações inconscientes, denominados por Anna Freud, filha e colaboradora de Sigmund Freud, e que têm a função de, inúmeras vezes, protegerem o Ego.



Desde o começo do seu trabalho analítico, Anna Freud preocupou-se com o ego. Para ela, a investigação do id e de seus processos de funcionamento se constituiram sempre como um meio para se alcançar a correção das anormalidades com vistas à recuperação do ego, em sua integridade.

terça-feira, 15 de abril de 2014


OS ATAQUES DE CORAÇÃO
Conselhos do Dr. Cláudio Domênico, cardiologista
 
Uma nota importante sobre os ataques cardíacos.
Há outros sintomas de ataques cardíacos, além da dor no braço esquerdo. Há também, como sintomas vulgares, uma dor intensa no queixo, assim como náuseas e suores abundantes.
Pode-se não sentir nunca uma primeira dor no peito, durante um ataque cardíaco.
60% das pessoas que tiveram um ataque cardíaco enquanto dormiam não se levantaram. Mas a dor no peito pode acordá-lo de um sono profundo. Se assim for, dissolva imediatamente duas Aspirinas na boca e engula-as com um bocadinho de água. Ligue para Emergência (192, 193 ou 190) e diga ''ataque cardíaco'' e que tomou 2 Aspirinas. Sente-se numa cadeira ou sofá e force uma tosse, sim forçar a tosse, pois ela fará o coração pegar no tranco; tussa de dois em dois segundos, até chegar o socorro.. NÃO SE DEITE !!!! e aguarde o socorro.

Coisas que você pode fazer, no dia a dia para prevenir problemas de saúde:

domingo, 23 de fevereiro de 2014

REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL

Senadores rejeitam redução da maioridade penal

19 de fevereiro de 2014 às 14:09
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado rejeitou a Proposta de Emenda Constitucional 33/12, que previa a redução da idade penal de 18 para 16 anos. A votação, que venceu por 11 votos a 8, ocorreu na manhã desta quarta-feira (19/2), em Brasília.


A PEC, de autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), permitiria ao Judiciário condenar à prisão jovens maiores de 16 anos de idade responsáveis por crimes hediondos, como homicídio qualificado, de tráfico ilícito de entorpecentes, tortura, terrorismo, sequestro e estupro. O cumprimento das penas seria equivalente ao dos adultos.


A proposta estabelecia como competência privativa do Ministério Público especializado nas áreas de infância e adolescência o oferecimento de denúncia, após análise técnica das circunstâncias psicológicas e sociais que envolvem o crime.


Para a presidente do Conselho Federal de Psicologia, Mariza Borges, “a rejeição a PEC abre uma janela de oportunidade para que as causas reais da violência sejam estudadas e para o desenvolvimento de políticas efetivas para a sua redução. Acreditar que a redução da idade penal é uma solução para reduzir a violência é uma forma de desviar a atenção do problema e deixá-lo sem solução.”

Psicologia ativa
As implicações da redução da idade penal no Brasil é um tema que a Psicologia trabalha desde 2007. As contribuições da atividade como ciência e profissão na construção do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do Sistema Nacional Socioeducativo (SINASE) refletem a compreensão de que crianças e adolescentes são sujeitos de direitos em condição peculiar de desenvolvimento.