domingo, 12 de junho de 2011

Educação e Trabalho: fatores de proteção para o adolescente

O trabalho é peculiar ao homem e é através do trabalho que o homem ajusta as relações humanas.  Para o adolescente, o trabalho tem a função de promover o seu desenvolvimento psicológico, uma vez que confere um sentimento de produtividade, resultando no aumento da sua auto-estima e da auto-confiança. Para os adolescentes de classes menos privilegiadas, o trabalho freqüentemente é um meio de adquirir habilidades e contatos que podem ser valiosos para o seu futuro.
A educação cumpre um importante papel na preparação do individuo para o trabalho, oferecendo informações e promovendo situações para o desenvolvimento de comportamentos próprios que possam contribuir para a constituição da sua identidade profissional.
Porém, a sociedade brasileira não privilegia o ingresso do adolescente no mercado de trabalho como uma forma de inseri-lo na dinâmica do desenvolvimento psíquico e social. Muitas vezes, esse ingresso se dá por imposição das necessidades materiais vivenciadas por ele e sua família. Mesmo o trabalho intelectual que se faz através do estudo, normalmente não é valorizado como tal e qualquer outra atividade que o adolescente desenvolva é muitas vezes vista como entretenimento.
É necessário, porém, perceber que o adolescente quando está estudando ou desenvolvendo atividades acadêmicas está trabalhando no sentido literal do termo. Vincular a produção acadêmica à produção laborativa é essencial para que nessa fase da vida, o adolescente possa sentir-se contextualizado no sistema produtivo de forma a elevar a sua auto-estima e diminuir a sua vulnerabilidade.
É pensando nas várias dimensões da educação e do trabalho que buscaremos um sentido de proteção e resiliência para o adolescente, ampliando-lhe os horizontes e dissuadindo-o da alienação e vulnerabilidade que o consumismo,  as drogas e a violência lhes impõe.

3 comentários:

  1. Olá Eliana.
    Parabéns pelo blog.
    Gostaria de dividir contigo um artigo que li a alguns anos atrás onde falava superficialmente assim: O ser humano: dos 0 aos 7 anos aprende tudo que vê (quer ser tudo e fazer tudo sem medir as conseqüências); dos 7 aos 14 anos aprende 50% de tudo que vê (já entendendo as coisas, já separa o bom do ruim); dos 14 aos 21 anos aprende 25% do que vê (já definindo o bem do mal, os seus sonhos e objetivos na vida) e a cada ano que se passa o mesmo se centraliza ainda mais no foco de sua aprendizagem (já definindo seu caráter, estilo e projeto para o seu futuro). E só com um choque (Ex: Cultural) poderá mudar esta ordem cronológica. Já ouviu falar sobre isto?
    Um abraço do companheiro Aldiério.

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  2. Aldiério, que bom que gostou do blog. Nunca lí nada específico a respeito do seu comentário, mas superficialmente sabemos que é mais ou menos isso o que acontece com o aproveitamento das pessoas sobre os estímulos do mundo. Não sei se um "choque" mudaria esse aproveitamento, segundo as faixas etárias. Mas é fato que um "choque" pode potencializar ou danificar em muito a percepção e as ações de uma pessoa sobre si e sobre o mundo.
    Um abraço
    Eliana

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