sábado, 3 de outubro de 2020

 




Encontre a melhor maneira, o melhor lugar, o melhor horário para estudar. Estude da maneira que for mais eficaz para você, mas evite estudar sentado no chão ou deitado.

A melhor posição para estudar é sentado, com as costas encostadas na cadeira. Suas mãos devem manter-se sobre a mesa. Procure um ambiente arejado, tranquilo, com pouca interrupção e bem iluminado.

Deixe apenas o material que vai precisar à mão para evitar ficar se levantando. Evite deixar livros de outras matérias para não desviar a atenção.

Estabeleça rotina de estudo, dosando obrigação e diversão e busque informação em todos os cantos que puder para obter sua entrada no ensino superior.

Fixe, em casa, como tempo mínimo de estudos  4 a 5 horas com intervalos de 10 minutos a cada 50 minutos. Nestes 10 minutos de intervalo, levante, coma alguma coisa, converse com alguém, ouça uma música. Nada de assistir tv ou ir para a internet, pois o vídeo é estimulante e hipnotizador. Você não conseguirá sair da frente dele.

Utilize sempre que preciso o dicionário, o que aumenta o vocabulário e ajuda a aprender o significado das palavras (técnica de memorização). Esquematize seus estudos, que é uma forma de reorganizar o conhecimento de forma diferente, o que ajuda a retê-lo. O importante é ser oganizado e sistematíco, organizando um mínimo de horas diárias em casa para refazer exercícios e rever os pontos fundamentais das matérias.

Não deixe para a última hora para optar por determinada carreira. Pese suas habilidades, aptidões e limitações e veja se determinado curso o interessa. Leia jornais e revistas e procure saber detalhes sobre as diversas profissões e o mercado de trabalho. Ouça profissionais de diversas áreas, vá a palestras, visite universidades e empresas e converse com os professores.

Um semestre antes:

Faça um calendário de estudo, incluindo as obras literárias para o Enem, as matérias que você deverá dedicar mais esforço e para rever as que você tem mais dificuldade.

Procure manter-se informado, atento aos grandes acontecimentos que certamente poderão ser abordados como tema de redação.

Procure estudar em grupo para absorver as habilidades que outras pessoas possuem e que poderão contribuir com seu aprendizado. Em compensação, colabore ensinando aquelas disciplinas que para você é mais fácil. Ensinar e reter o conhecimento. Faça resumo dos pontos importantes para consultar perto do exame e anote as dúvidas para esclarecer com os professores.

Seja bastante disciplinado. Tenha hora para acordar, se alimentar, estudar, se divertir e dormir até mesmo nos finais de semana. Dessa forma, o seu cérebro e o seu corpo irão se acostumar com seu dia-a-dia e estarão preparados quando você precisar deles.

“Guarde espaço” na sua memória para as coisas importantes. Assim, guarde seus objetos simples como lápis, borracha, sempre no mesmo local, para que você não precise acionar a memória, reservando-a para coisas mais importantes.

Inclua em sua rotina, a prática de algum esporte: natação, caminhada... Ao praticar qualquer atividade física, você prepara o seu corpo para enfrentar as consequências dessa matarona de estudos. Além disso, o esporte diminui a ansiedade, ativa a circulação e, consequentemente, aumenta a produtividade. Exercícios físicos aceleram a circulação sanguínea no organismo intensificando a irrigação do cérebro. Pratique esporte pelo menos 2 vezes por semana. Uma caminhada, andando com os passos ritmados oxigena o cérebro, e, também, ao caminhar a pessoa ganha objetividade, fica mais decidida e essa atividade também ajuda a melhorar a concentração. Exercícios físicos ajudam o corpo a liberar endorfina, o estimulante produzido pelo organismo que melhora a atenção.

Elimine todas as drogas, incluindo álcool e medicamentos como tranquilizantes e soníferos, a menos que sejam prescritos por um médico. Tudo isso age no sistema nervoso central, podendo afetar sua disposição e concentração. 

Um mês antes:

Verifique as datas e horários das provas das diversas escolas que você vai prestar o vestibular e agende em local visível e de fácil acesso.

Procure fazer para si mesmo perguntas sobre as partes mais difíceis das matérias. Concentre-se nas matérias que você necessita reforço, refazendo os exercícios.

Consulte seu professor sobre aqueles exercícios que você não conseguiu resolver, evitando acumular dúvidas. Evite faltar às aulas.

Antes de dormir, tente repassar o seu dia de estudos. Faça isso de forma leve, sem a preocupação de se recordar de tudo, porque as lembranças emergem como um novelo que se desenrola.

Evite tudo o que pode lhe causar desconforto e desatenção, como estudar com fome, por exemplo.

Durma e alimente-se bem.

Pratique caminhadas, vá as festas, divirta-se!

Duas semanas antes:

Tente anotar pequenos lembretes que você precisará providenciar para o dia D. Diminua sua carga horária de estudos extra-escolares. Excesso de estudo poderá cansar você...

Se ficar ansioso e não conseguir se concentrar, procure relaxar, utilizando como técnica de respiração  ou faça exercícios de alongamento.

Uma semana antes:

Procure visitar o local das provas: itinerário, ônibus, trânsito... Imagine-se fazendo o percurso no dia da prova e como estará o cenário... Calcule o tempo que demorará no percurso.

Organize os documentos que serão necessários para o dia D.

A alimentação deve constar de pelo menos 5 refeições por dia: café da manhã, lanche, almoço, lanche da tarde e jantar.

Procure praticar alguma atividade ao ar livre, para diminuir a tensão (um dos fatores que mais atrapalham a concentração).

Divirta-se!

5 dias antes: Procure dormir suficientemente, alimentar, namorar...

2 dias antes: Procure alimentar normalmente, sem inovar.  Procure dormir bastante.

Evite pegar em livros para estudar. Leia algo interessante ou assista um filme divertido. Relaxe saindo com os amigos.

1 dia antes: Nada de alimentação pesada. Procure energizar-se com proteínas e carboidratos, mas nada gorduroso, pois as gorduras demoram a ser digeridas. Vitaminas e sais minerais fazem bem. Use e abuse das frutas e verduras. Prefira carnes grelhadas. Deve-se jantar pelo menos 4 horas antes de dormir.

Nada de bebidas energéticas do tipo Flyimg Horse... pó de guaraná e outras...Essas misturas acabam com o sono, a memória, a capacidade de concentração e o raciocínio que você precisará no dia seguinte. No lugar disso, tome bastante água ou suco de frutas.

Se precisar de energia rápido, prefira uva passa, que é doce e muito mais saudável, podendo substituir o chocolate.

No dia D: Tome um bom banho, um café da manhã reforçado, respire fundo, confie no seu taco e vá em frente.

Leia atentamente as questões e entenda o que foi pedido.

Comece pelas questões que considera mais fáceis, o que lhe dá autoconfiança para continuar.

Na prova escrita, planeje mentalmente as respostas antes de colocá-las no papel. O mínimo de raciocínio lógico conta pontos, mesmo se você não responder tudo.

Se der um branco total durante a prova, pare por alguns minutos para fazer os exercícios citados, respirando muito bem. Lembre-se da sua música predileta, sua cor preferida, a frase que mais gosta... Você continuará a prova bem mais tranqüilo e concentrado.

 Elaborado por: Eliana Olímpio - psicóloga


domingo, 3 de maio de 2020

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E PANDEMIA



Estamos vivendo, mundialmente, em isolamento social e a ONU - Organização das Nações Unidas - alerta para o crescimento exacerbado de denúncias de violência doméstica em quase todos os países.

A violência doméstica atinge principalmente mulheres, idosos e crianças. A violência é muito anterior ao isolamento. É muito comum, no atendimento no consultório, ouvirmos relatos de mulheres com relação à agressividade dos companheiros, seja com elas mesmas ou com os filhos.

Parece que nesse tempo de pandemia, o sofrimento dessas mulheres e de outros membros dessas famílias tem aumentado. É fato que a escassez de recursos em famílias de baixa renda potencializa a agressividade. A falta de lazer, os problemas financeiros, o ambiente muito apertado e restrito são estopins para a prática da violência.

domingo, 19 de abril de 2020

Psicoterapia on-line


Em tempos de quarentena, os recursos tecnológicos nos auxiliam a manter o atendimento psicológico ativo, escutando as pessoas e ajudando-as a aliviarem sua angustia.

Uso o recurso da câmera do WatsApp e oriento as pessoas a, se precisarem um pouco mais de privacidade em casa, colocar um radinho perto da porta do quarto ou do ambiente em que ela estiver ou ligar a televisão. Pode ser em volume baixo, porque é como a música nas recepções dos consultórios: ajuda a confundir as palavras e não permitir que outras pessoas compreendam o que está sendo dito.

FIQUE EM CASA, mas cuide da sua saúde mental.

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Atendimento Psicológico on-line





Em novembro de 2018, o Conselho Federal de Psicologia publicou Resolução do Exercício Profissional da Psicologia que trata do atendimento on-line através de tecnologias de informação e de comunicação. 

Em março de 2020, diante da pandemia provocada pelo COVID-19, o Conselho reafirma a importância de abrir aos psicólogos a possibilidade de atendimento on-line, principalmente durante o período de isolamento social proposto pelo Ministério da Saúde. De fato, vivemos momentos de intensa angustia e medo, e a psicologia se adapta para minimizar os prejuízos psicológicos dos necessitados.

Desde então tenho oferecido meus serviços on-line, utilizando a câmera do aplicativo do WatsApp. Os clientes atendidos trazem questões de toda ordem, como relativas à atritos decorrentes da convivência intensa com os familiares; o tédio da limitação do ambiente doméstico e dos poucos recursos de lazer; dificuldade em conciliar o trabalho home-office e as rotina do lar, medo do impacto da recessão econômica sobre o patrimônio, medo do desemprego e outras angustias relacionadas ao sentimento de solidão, a dificuldade do isolamento, o medo da perda de entes queridos, inseguranças quanto ao atendimento nos equipamentos de saúde; medo do contágio e de como seria a manifestação do virus no seu organismo.

Pessoas acometidas com depressão, ansiedade, fobias e outras doenças tiveram o seu quadro sintomatológico acentuado, necessitando ainda mais dos atendimentos. 

É momento de reestabelecer nossos laços afetuosos, nossas prioridades, nossa visão de mundo. É momento de rever nossas necessidades econômicas, nosso consumismo, nossos valores materiais.      E acima de tudo, é momento de promover a elaboração psicológica da nossa fragilidade, da nossa vulnerabilidade, da nossa incapacidade de controle e previsibilidade do futuro e, principalmente, aprendermos a lidar com nossa finitude.