quinta-feira, 17 de outubro de 2013

ANIMUS X ANIMA – SOU MASCULINO E FEMININO!

O ser humano comporta em si as faces feminina e masculina e é essa dualidade que o completa. É claro que algumas pessoas, homem ou mulher, possui uma exacerbação de uma dessas faces, apresentando-se mais ativo ou mais passivo na maior parte do tempo. Nesse sentido, a cultura oriental e ocidental coincidem na representação que fazem do masculino como ativo, dinâmico e agressivo e do feminino como passivo, plácido e pacífico. Na realidade, a sociedade exige um comportamento do homem e da mulher de forma que coincida com essa representação.

Assim, uma mulher quando se apresenta muito dinâmica e agressiva, diz-se que é masculinizada e o homem quando apresenta-se mais passivo, diz-se que é feminilizado.

Animus à representação fantasmática do masculino na mulher.
Anima à representação fantasmática do feminino no homem.


Um casal se complementa quando os parceiros sabem aproveitar as características passivas ou ativas do outro. Ocorre, porém que  a maioria dos parceiros nunca estão em condições de encarnar a parte faltante, levando o casal aos fracassos amorosos.

Enquanto o ser humano não acolher a parte animus e anima que contem em si e permanecer preso aos complexos sociais, sua criatividade encontrar-se-a prisioneira, e a pessoa irá se envolver com parceiros com os quais hão de reproduzir, em parte, esse drama.

Segundo Jung (1978), animus e anima são arquétipos que participam do inconsciente coletivo na formação da personalidade e influenciam nossa maneira de conceber e de representar em nós mesmos o sexo oposto.

                                                                    Coragem, Iniciativa
Animus: representação masculina ===>    Firmeza, ação
                                                                    Verbo, espiritualidade...

                                                                    Sentimentos, humores imprecisos
Anima: representação feminina  ===>        Intuição, capacidade de amor
                                                                    Sentimento da natureza, relação com o inconsciente...

Poderíamos dizer que a anima é essa força existente no ser humano que inspira a necessidade de amar e ser amado,  de cuidar de alguém e ser apreciado. Ela é a capacidade do amor e acolhimento, de tolerância para além da razão e de compaixão infinita.  Pervertida torna-se dependência, submissão, servidão, escravidão e masoquismo. Recusada vira frieza, rejeição, dureza.

O animus é a energia que tem necessidade de realizar-se transformando a materia em criação pela sua vontade. É o poder da ação, de movimento, do impulso. Pervertido, torna-se frenesi, mania, autoritarismo, ditadura, sadismo. Recusado vira moleza, falta de rigor, auto-destruição.

O ser humano precisa reconhecer esses arquétipos em si e apropriar-se deles para a criação de um mundo melhor.

Referência
JUNG, Carl Gustav, A psicologia do inconsciente.  Dvir Co. Ltd. Tel Aviv, 1973

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