Mania e rituais obsessivos: conferir portas, janelas, gás...
Ideias e pensamentos obsessivos sem delírio. Monotonia de
raciocínio, loucura da dúvida, patologia da inteligencia. O sujeito sofre dos
pensamentos.
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Posição ativa na obtenção de prazer na infância. Seus pensamentos são sujos, ultrajantes, o que gera sentimento de culpa.
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Necessidade de dar algo ao outro, produzir algo.
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Na obsessao, nas mulheres não há “natureza
feminina”(maternagem).
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O que se ama no outro é sempre um traço que
representa o “eu”. Ama no outro algo que parece consigo mesmo.
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Expressões extremadas: ou bem a inibição ou bem
a compulsão.
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Posição sacrificial: crueldade do supereu, auto recriminação.
O neurótico obsessivo não se arrisca porque precisa ser perfeito e ter certeza de que tudo vai sair com perfeição – dar certo. É perfeccionista, mas se autocritica.
Dificuldade em pensar
nas alterações do corpo: adolescência, a maternidade ou a paternidade, a
menopausa ou perda de funções corporais implica em pensar em momentos diferenciais
na interpretação do corpo funcional e seu papel social.
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O supereu da criança é o dos seus avós (admira e
obedece mais os avós do que os pais), mas de forma geral, obedece regras
estritas/respeita as regras.
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Evita ruptura naquilo que diz – discurso sem falhas,
autosuficiente, fechado. Meio que fala mais para si mesmo do que para o outro.
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Procura colocar tudo dentro da sua lógica, num
discurso bem organizado.
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Duvida permanente. Duvida constantemente de si
mesmo.
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Excessivo escrúpulo e fobia diante do “impuro”.
Nojo diante inclusive das mazelas humanas (miséria, loucura, desemprego...)
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Tenta anular a dimensão do outro.
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Compulsão a fazer algo que não quer fazer
(passagem ao ato) e rituis obsessivos (lavar a mão, contornar a superficie das
coisas com o olhar, contar objetos, colecionar..
Não gosta de aparecer, mas espera ser reconhecido.
Impasses: tendência destrutiva, dificuldade na aproximação
do objeto do desejo, agressividade recalcada, forma ambivalente de se dirigir
ao outro.
Ve no ato de sevícia o gozo. Sente prazer em maltratar ao mesmo tempo que
sente um complexo de culpa enorme. Pensa maldades, deseja maldades no estilo
sadico. O gozo é para afastar o desejo.
Na neurose obsessiva as idéias obsessivas seriam produtos de
um compromisso que gera culpa e auto-recriminaçao. O sujeito obsessivo é
atormentado pela auto-recriminação sobre fatos aparentemente fúteis e
irrelevantes devido a experiencia traumática com excesso que ele goza.
O obsessivo crê e também duvida. A dúvida é uma defesa
congtra a angústia, contra o afeto que se desloca de uma representação para
outra. O obsessivo obedece e segue o discurso do outro – não tem discurso
próprio – segue sempre mesmo que seja fingindo que se opõe.
Impõe a si a contradição: “o isso não é isso!”
É preciso enuncar – é preciso dizer – é preciso uma voz! Mas
se cala! Pensa muito antes de falar e na maioria das vezes, a palavra fica
apenas no pensamento.
Ele joga sempre para amanha o seu desejo. Hoje ele não vive.
Está morto. Renuncia viver. Sacrifica-se. O neurótico obsessivo ao apreender o
desejo no outro, recorre como defesa à demanda do Outro. O desejo assume a
forma imperativa da necessidade.
O obsessivo está sempre a espera que o outro lhe peça algo.
O obsessivo denega o desejo do outro. Tem um discurso sem furo (blasfemia),
carregado de sentido, onde ele anula o desejo do outro e seu próprio desejo.
Sua resposta com relaçao ao desejo é bla-bla-blá.
Idéia obsessiva à
afeto e à categoria
è
Deslocamento e substituição por analogia
Recalque no obsessivo é mais frágil e aparece facilmente no
seu discurso, nos seus equivos na língua, seus atos falhos e chistes (nestes
atos reconhece o impossível do seu desejo).
O neurótico obsessivo ocupa de bom grado a posição de
escravo. É um escravo que não se rebela, pois espera a morte do mestre para
ocupar o seu lugar. Enquanto espera, cumpre zelosamente seus deveres de
escravo.
O neurótico obsessivo goza a contrabando: ele acha que só
ele sabe como fazer o outro gozar. Ele se desespera quando percebe que ninguém
é essencial a ninguém e que o outro pode sim, prescindir dele.
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