Trabalho elaborado em janeiro de 2013 por Eliana Olimpio,
para a disciplina Laço Social e Psicanálise,
ministrada pelo Prof.
Dr. Luis Flávio Couto,
Professor Titular do Departamento de Psicologia da
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Introdução
Presenciamos uma era de intensas e velozes transformações nos diversos
segmentos da sociedade. O avanço tecnológico oferece produtos que prometem
acabar com as dores, aumentar o prazer e a longevidade, e até mesmo superar a
morte. O acesso a esses avanços, que se estendem por todo o planeta, cria
padrões de comportamentos e modifica a subjetividade, o que não se dá sem
consequências.
A violência, um desses aspectos “globalizados”, apresenta-se como um
fenômeno que, se não novo, pelo menos mais ameaçador do que já o foi em outras
épocas. A violência apropria-se das formas mais diversificadas e agiganta-se
por todo o globo gerando tanto para o indivíduo quanto para os grupos a incerteza,
a insegurança e o medo.
Convivemos continuamente com a violência, explícita ou implícita: aquela
que nos açoita o corpo e o espírito. Violência que vem pela palavra, pela
imagem ou pela intenção e aquela que vem de forma menos disfarçada, como o tiro.
Não é incomum deparamos com meios de comunicação e culturais violentando-nos
diretamente com imagens ou impondo-nos ideias
de formas sutis, mas que não deixam de ditar comportamentos e gerar
preconceitos.
Uma pergunta se faz: o adolescente é um sujeito em transformação que
caminha para a vida adulta e para a regência dessa sociedade violenta da qual é
herdeiro. O que esperar do adolescente fruto de uma sociedade cujos valores
estão em declínio e em que também impera a lei do mais forte? É o adolescente
violento ou a sociedade os vê violento? A violência é da sua “natureza” ou é
culturalmente adquirida? Refletir sobre essas questões é o que propõe esse
trabalho.
11. Violência e adolescência:
Expressar agressividade é natural e humano, e habitualmente saudável. A
agressividade é considerada como um dos comportamentos mais primitivos dos
seres animados, e pode ter servido como forma de sobrevivência às hostilidades
e ameaças do ambiente para a preservação do indivíduo e da espécie.
A agressividade está associada a atividade, o que a torna contrária da
passividade. Ser vivo é ser animado, o que sugere dinamismo e movimento.
Atividade é vida. Passividade é morte, inexistência. E para ser vivo, ativo,
certa dose de agressividade deve estar presente. Os testes psicotécnicos medem
o nível de agressividade das pessoas. Dependendo a que se destinam, os testes
podem avaliar que a agressividade daquela pessoa pode estar além ou aquém do
desejado. Dependendo do nível de agressividade da pessoa, ela pode ser caracterizada
como alguém de espírito empreendedor, com energia, atividade, dinamismo, o que
faz com que a agressividade, neste sentido, perca sua conotação de hostilidade.
A energia da agressividade gera ousadia e coragem para correr riscos. Porém, se
o nível de agressividade da pessoa for muito baixo, favorece a apatia, a
indecisão, o medo.
Segundo a psicanálise, a agressividade é uma operação que atua desde cedo
no desenvolvimento psíquico e comportamental do sujeito, fazendo parte das
pulsões tanto de vida quanto de morte. Existiria, de fato, apenas uma pulsão, a
pulsão, que guiaria o sujeito.
Laplanche e Pontalis (1995) esclarecem:
...para realizar seus objetivos mesmo que passivos
(ser amado, ser visto, etc.), a pulsão exige uma atividade que pode ter que
vencer obstáculos: toda pulsão é um fragmento de atividade. (Laplanche e
Pontalis, 1995, p.12)
À agressividade se contrapõe os
afetos amorosos gerando a ambivalência que faz parte do funcionamento psíquico
do sujeito. Se por um lado ele ama, por outro ele odeia. “A noção de ambivalência vem exprimir a
coexistência no mesmo plano do amor e do ódio, senão ao nível metapsicológico
mais fundamental, pelo menos na experiência.” (Laplanche e Pontalis, 1995, p.
11).
O problema é quando a agressividade se transforma em violência,
apresentando-se de maneira descontrolada e destrutiva. Destrutividade essa que
o sujeito pode voltar contra outrem ou contra si mesmo, em atos que chamamos de
violência.
A natureza não gera violência. A violência é própria da cultura, criada
pelos seres humanos e gera problemas pessoais e sociais. Compreender que a
violência é um fenômeno construído socialmente e que remonta às eras primitivas
é imprescindível para pensar a violência na atualidade. Rousseau (1755) afirma
que apesar do homem progredir tecnologicamente, ainda assim ele não se afasta
do seu estado primitivo em que imperava a barbárie e nem consegue conhecer a si
mesmo.
A história confirma o postulado de Freud (1923) de que a violência é
fundadora da cultura. Na pré-história os danos físicos impetrados pela
violência se mostravam pela ferocidade de um homem sobre o outro, cujas armas
eram pedras e paus. Hoje a violência tem sido cada vez mais refinada nos seus
modos de expressão, deixando de ser a supremacia da força física de um sobre o
outro. A violência é legitimada pelo exercício daquele que detém o poder
econômico, político e de informação. As armas muitas vezes são invisíveis,
bacterológicas e seletivas, destinadas a grupos específicos. A barbárie é colorida
e se apresenta quando as luzes das armas nucleares colorem os céus dos
massacrados e são mostradas aos telespectadores confortavelmente sentados no
sofá dos seus lares, ilusoriamente protegidos.
De fato, ninguém ou em nenhum lugar está ao abrigo da violência. Ela está
presente também intramuros, no ambiente doméstico. Todos se sentem ameaçados. À família,
diferentemente de outros espaços sociais, é reservada a função de prover,
proteger e acolher os seus membros, mas o que se vê atualmente é que em muitas
delas, no seu seio estão presentes os atos de crueldade.
Se se considerar o que é dramatizado pela mídia no Brasil, leva a crer
que a proporção de criminosos em relação à “gente comum” supera em muito a
proporção da população e que estes criminosos se encontram principalmente nas
camadas mais pobres da população. A
mídia também faz crer que a maioria dos atos violentos são praticados pelos
adolescentes, e, pior ainda, subliminarmente apregoa que os adolescentes são
violentos. Com o intuito de produzir informação a mídia faz um recorte dos
fatos e o expõe de forma que se pode levar a mau-entendidos. De Certeau (2011)
explica:
Ao pretender relatar o real, ela o
fabrica. Ela é performática. Ela torna crível o que diz e fazer agir por essa
razão. Ao produzir crentes, ela produz praticantes. A informação declara: “O
anarquismo está nas ruas, o crime está à nossa porta!” O público,
imediatamente, arma-se e ergue barricadas. A informação acrescenta: “Existem
indícios de que os criminosos sejam estrangeiros.” O público procura os
culpados, denuncia pessoas e vai votar em favor de sua condenação à morte ou de
seu exílio. A narração do historiador desvaloriza ou privilegia práticas,
exagera a dimensão dos conflitos, inflama nacionalismos ou racismos, organiza ou
desencadeia comportamentos. (DE CERTEAU, 2011, p. 53)
Dessa forma, necessário se faz observar o poder de influência da mídia
sobre os expectadores, uma vez que repetidos relatos de crimes e violência
praticados por alguns adolescentes não pode garantir que os adolescentes são
violentos. É fato que a adolescência
traz em si certa dose de rebeldia, mas não se deve confundir rebeldia com
violência. A fase de transição por que passa o adolescente, na saída da
infância e no caminhar em direção à vida adulta os deixam, não muitas vezes,
sensíveis e vulneráveis. Para contrapor a essa vulnerabilidade eles se rebelam
na tentativa de mostrarem fortes.
Hölderlin e Rimbaud descreveram muito
bem a perda da qual se origina a delicada transição que todo adolescente encontra
ao se separar do Outro, a saber: ele é tomado pela nostalgia do gozo que ficou
ligado ao lugar do Outro, assim como pelo novo que vê surgir em si mesmo,
remetendo-o, diversas vezes, a certa estranheza, a um real insuportável do qual
o desprezo ou o ódio de si são as modalidades de resposta. (citado por LACADÉE,
2011, p. 35)
Comportamentos desviantes na
adolescência muitas vezes são diagnosticados como transtorno de conduta e se
persistentes, podem ser diagnosticados como transtorno de comportamento antissocial.
Porém, Moffit (1993), afirma que menos de 10% dos indivíduos apresentam
comportamento antissocial que começa antes da puberdade e se estende através do
tempo e das circunstancias para além da adolescência. Aponta ainda que “macho
que se abstêm de toda delinquência é raro”, já que nossa sociedade reforça
positivamente a agressividade mais em homens do que em mulheres.
22. Sociedade e adolescência:
Em cada geração, os adolescentes vivem numa sociedade muito diferente da
que viveu os que os antecederam. Os adolescentes hoje transitam simultaneamente
por espaços físicos e virtuais numa velocidade acelerada, se relacionam através
de redes sociais com lógica e regras próprias, vivenciam a fluidez e a
permeabilidade dos valores morais, bem como adotam uma consciência e uma
postura inovadora em relação ao ambiente e ao planeta. A sociedade é diferente, mas o processo de
adolescer permanece em sua essência desde tempos imemoriais. Ocorre que cada
geração atribui à adolescência atual, aspectos que acreditam ser diferentes da
sua própria.
Não vejo esperança para o futuro do
nosso povo se ele depender da frívola mocidade de hoje, pois todos os jovens
são, por certo, indizivelmente frívolos ... Quando eu era menino, ensinavam-nos
a ser discretos e a respeitar os mais velhos, mas os moços de hoje são
excessivamente sabidos e não toleram restrições. (Hesíodo, séc.VIII a.c)
O comportamento adolescente não tem sido diferente através das eras. A
adolescência se constrói socialmente, num processo complexo e que envolve a
criação da identidade e sentimento de pertencimento. A família e a sociedade,
com seus valores e simbolizações participam com intensidade nesse processo da
construção da adolescência, que vai além do desenvolvimento pubertário. Lacan (1998,
1966, p. 862) afirma que a adolescência não é apenas um processo biológico,
mas, principalmente, um encontro do sujeito com o real do gozo. Tornar-se homem ou mulher relacionam-se aos
modos de operacionalização do gozo. A identidade do sujeito, construída na
adolescência passa pela forma de gozar.
O que diz respeito ao ser, ao ser que se
colocaria como absoluto, não é jamais senão a fratura, a rachadura, a interrupção
da fórmula ser sexuado, no que o ser
sexuado está interessado no gozo. (Lacan, 2008, 1972-1973, p.18)
O gozo de que trata aqui, não é o gozo do órgão, já que para a
psicanálise não existe relação sexual, mas de outros gozos que, no final do
ensino de Lacan, culmina no gozo do Um[1].
Lacan esclarece:
O que pensa, calcula e julga é o gozo,
sendo do Outro, exige que o Um (gozo), aquele que do sujeito exerce a função,
seja simplesmente castrado, isto é, simbolizado pela função imaginária que
encarna a impotência, ou, em outras palavras, pelo falo. (Lacan, 2012, 1971-1972,
p.235)
O gozo do Um ultrapassa o prazer que se liga ao falo e às regras impostas
pela castração. Lacan (1998, 1972-1973,
p.113) afirma que o que rege o sujeito na atualidade não é mais o princípio do
prazer, mas o imperativo de gozo. O gozo está ligado a um além do prazer, a um
desprazer: “o inconsciente, é que o ser; falando, goze e, acrescento, não
queira saber de mais nada.” O sujeito
abre mão dos limites da castração a mando da face do supereu que ordena:
“Goza!”. O imperativo de gozo diz
respeito ao Supereu, ao Outro não fálico, o pai da horda primitiva que impõe um
gozo sem limites, sem barreiras, sem detenção e que leva o sujeito ao risco, à morte.
Esse Um, que encarna o significante mestre, aquele extraído do Outro, se
acentua de tal forma que bane a palavra e substitui o discurso pelo ato. O
discurso que sustenta o imperativo de gozo é o discurso do capitalista,
proposto pela mídia e pelo mercado e que, na contemporaneidade, desvincula o
sujeito dos laços sociais propostos pelos discursos e lança-o à repetição
incessante do jogo do consumo, nessa espécie de gozo toxicômano que vai ao
extremo da overdose.
Bauman (1998) afirma que as mudanças vertiginosas da pós-moderndade imprimem
no homem um terrível mal-estar, fruto das incertezas e inseguranças geradas
pelo funcionamento da sociedade atual, ainda que essa sociedade prometa segurança,
completude e felicidade, e mesmo que para isso se tenha que abolir um
pouquinho, quando não, muitas vezes um tantão dos deveres cotidianos, da moral
e da ética.
... a maioria das coisas que preenchem
a vida diária de todo ser humano: a busca de sobrevivência e
auto-engrandecimento, a consideração racional de fins e meios, a avaliação de
ganhos e perdas, a busca do prazer, o poder, a política, a economia... Acima de
tudo, penetrar nesse espaço representa tirar uma folga da atividade cotidiana,
deixar do lado de fora suas normas e convenções mundanas. (BAUMAN, 1998, p.62)
O adolescente é fruto dessa era em que se busca suprimir o mal estar
através da frouxidão da lei e da excessiva oferta: o que importa é gozar a
qualquer preço. Importa que ele esteja
plenamente satisfeito, que desfrute do sexo, do dinheiro e da juventude. Mas,
contraditoriamente, os efeitos dessa imposição de gozo aparecem sob a forma de
sintomas em que pululam os fracassos: no sexo com a falta de desejo e disfunção
erétil; no dinheiro o acúmulo de lixo e o aumento da delinquência; na juventude
aparecem os transtornos dismórficos corporais, com o predomínio da anorexia,
bulimia e vigorexia e, quanto à felicidade, o que se apresenta é a falta de
sentido, a depressão, as tentativas de suicídio e o vazio que os lançam às
drogas.
Os adolescentes, independente da classe sócio-econômica a que pertencem são
frutos do abandono e desamparo (Maakaroun, 1993). Uns abandonados no sofá, em
frente da babá eletrônica ou nos play grounds e shoppings centers. Outros,
abandonados na rua ou nos conselhos tutelares. Mas todos eles herdeiros da
ausência de referencias e carentes de diretrizes que possam responder aos
desafios da vida de forma digna e satisfatória.
Conclusão
As sociedades, mesmo as portadoras de elevados índices de desenvolvimento
humano têm sofrido com as consequências da violência. A violência é um fenômeno
social complexo que perpassa as relações de poder, em que um sujeito ou grupo
de sujeitos impõem a sua vontade sobre o outro, causando-lhe danos. Dessa
forma, ela não está restrita à coerção física ou a grupos isolados, mas pode
ser a expressão, também, de violência simbólica e não possui fronteiras. Não se
restringe, assim, ao grupo de adolescentes ou aos grupos de pobres.
Compreender que a violência não é um fenômeno da adolescência, mas que
pode estar sendo construída pelo contexto social e, ainda, que a violência
poderia ser atribuída ao adolescente à medida que se confunde rebeldia com
violência é fundamental para se estabelecer estratégias para a sociedade, de um
modo geral, lidar com esses aspectos.
Outra questão a ser avaliada é que se a sociedade, no seu afã pelo
consumo e reduzida ao império do gozo determina circunstancias em que a escolha
é forçada. Os indivíduos, todos eles: crianças, adolescentes ou adultos estão
fadados a responderem ao ideal do prazer a qualquer custo. E o custo deste
determinismo é o mal estar e a violência.
Para comportamentos agressivos na adolescência se devem considerar
fatores causais, como situação socioeconômica desfavorável, desemprego, valores
do meio social com aprovação para a violência e outras variáveis que de certa
forma, predisporão o individuo a condutas desviantes. Um comportamento rebelde
na infância ou adolescência não implica necessariamente violência e muito menos
na garantia da continuidade deste comportamento na vida adulta, pois a maior
parte dos adolescentes abandona a sua vida de delinquência quando os estilos
pró-sociais no seu ambiente são mais apreciados, utilizando suas respostas
antissociais apenas em situações em que necessitam desse “instrumental”.
Para se afirmar que adolescentes são violentos é necessário obter uma
amostra da população geral e procurar pelas características da personalidade do
indivíduo com comportamentos manifestamente violentos para só então, fazer um
recorte da população adolescente dentro dessa amostra com o intuito de auferir
essa afirmativa. Ao que se sabe, esse estudo nunca foi feito.
Neste contexto, urge a necessidade de apropriar-se de contribuições que
respondam com soluções a esses impasses, considerando-se, acima de tudo, que as
soluções nunca serão definitivas, já que as dificuldades que a sociedade
vivencia correspondem muito mais a um processo do que a um estado perpétuo e
imutável.
Com objetivo de prevenção ou tratamento, uma conjuntura social deve ser
convocada a participar oferecendo oportunidades para reflexão e construção de
novas subjetividades e padrões de comportamento. Então, para populações de
crianças e adolescentes relativamente saudáveis, mudanças de contingências
poderão promover o declínio do comportamento violento, estimulando-os a adotarem
um rol de comportamentos éticos, com responsabilidade nos relacionamentos
interpessoais e sociais.
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MAAKAROUN, M.F. A Profilaxia do Abandono. Clinica Pediátrica.v.17,
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[1] Lacan extraiu o conceito de gozo a partir da ideia de
pulsão em Freud, (FREUD,1920/1996)
e em sua obra postula vários tipos de
gozo: gozo do significante, gozo do Outro, gozo masoquista, gozo perverso e
outros, mas todos culminam no gozo do Um, que seria o significante mestre
(Lacan, 1971-1972, 2012, p. 159 e 235)
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