terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Enfrentando a Timidez!

A sociedade, de uma forma geral, espera que as pessoas sejam desinibidas, participem de eventos sociais, falem em público, tenham espírito de liderança, sejam animados, autoconfiantes e positivos.  Espera-se que todos estejam alegres e expansivos, e ainda, possuam boas habilidades de paquera. Mas como os tímidos se sairiam diante destas exigências?  Suas mãos suam, o coração dispara, as pernas ficam trêmulas, o rosto se ruboriza e sente ânsia de vômitos... Sem contar que não conseguem manter um contato visual prolongado com os outros. É comum o tímido ser menos competitivo, ter inibição sexual, ser solitário, estar sujeito a depressão e ao uso de drogas e álcool na tentativa de desinibir-se, e ainda, ter crises de insônia ou de ansiedade antes de um evento social, prova ou exposição em  público. Ele evita festas e o contato com amigos, esquiva-se dos vizinhos e parentes.

Tudo isso atrapalha, mas a timidez pode ser tratada (não curada!). A timidez pode diminuir, quando a pessoa procura ajuda e aprende a lidar com seus incômodos. Um tímido nunca vai deixar de ter uma “pontinha” de timidez, mas não vai ficar paralisado diante de algumas situações que antes do tratamento lhe causavam terror. A timidez, neste caso, passa a ser um charme.

Mas para isso, o tímido tem que, pouco a pouco ir enfrentando suas dificuldades de socialização e esquecer que poderá estar sendo observado. Deve iniciar  por pequenas atitudes, pequenos feitos. Inicie seu processo de diminuir a timidez imaginando que “todas as pessoas têm dificuldades e ninguém é perfeito, e nem você!”  - Deixe de lado sua necessidade de perfeição, sua necessidade de brilhar, de ser especial e talentoso. Apresente-se como você é, sem querer exibir-se. Não tenha medo de fazer um papelão... Vá se mostrando aos pouquinhos. A grande dificuldade do tímido é que ele “ensaia” o que vai falar, o que vai fazer, e na hora H ele não consegue enfrentar o medo de parecer ridículo, e então não diz nada. Fica calado, amuado, num canto, querendo parecer invisível. Treine olhar para os olhos dos outros, desencurvar sua postura, elevar um pouquinho o seu tom de voz. Nas reuniões, faça pequenas intervenções porque ao sentir que suas idéias estão sendo bem recebidas, você vai ganhando auto-confiança. Mas não exagere! Pense sempre em ir “destruindo a sua timidez pelas bordas, aos poucos!” Ao final, você verá que suas mãos não estarão mais geladas, seu rosto não está mais vermelho, sua voz não mais está trêmula! Pronto! Aos pouquinhos você foi vencendo a timidez. A maior dificuldade é iniciar com pequenos feitos. O nervosismo é comum a quase todo mundo, mas apesar disso, não desista nunca!

Timidez só é doença quando faz parte do transtorno que a medicina denomina como Fobia Social.  A fobia social geralmente inicia-se na adolescência, onde a timidez pode ficar crônica. Neste caso a timidez é excessiva e a pessoa não consegue nem sair de casa. Ela jamais enfrentaria situações em que tenha que se dirigir a outra pessoa, seja para pedir uma informação ou simplesmente estar próximo a outras pessoas. Neste caso, precisa de tratamento medicamentoso e ajuda psicológica

Mas a maioria dos tímidos não é doente.  Precisam apenas vencer o bloqueio de ficar imaginando o que as pessoas pensarão dele e o medo de parecer ridículo. Geralmente o tímido supervaloriza as qualidades das outras pessoas em detrimento de si mesmo. É preciso encarar tudo com maior realismo e ver os limites também dos outros.  Afinal, quem não tem defeitos?


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