A psicopatologia é o ramo das ciências que estuda as alterações das funções psíquicas, doenças mentais e os seus sintomas. Seu objetivo é compreender e explicar a gênese das alterações, suas estruturas e o seu funcionamento, com vistas a dirimir os sintomas daí decorrentes. É uma disciplina que interessa especialmente aos psiquiatras e psicólogos, para a formulação de hipóteses diagnósticas e propostas terapêuticas na sua prática clínica.
Para tanto, o profissional utilizará da observação e do estudo dos sinais e sintomas que se referem aos transtornos mentais, utilizando principalmente o discurso do paciente, bem como seus conteúdos ideo-afetivos, sua mímica, seu comportamento, as atitudes e a experiência por ele vivenciada.
A psicopatologia trata particularmente de diminuir o sofrimento mental, a angústia e as queixas do sujeito.
Como técnica para elaboração do diagnóstico e terapêutica, o profissional poderá utilizar de entrevista direta com o paciente, com seus familiares e outras pessoas que com ele convivem.
Os sintomas psicopatológicos são classificados segundo a sua forma, ou seja, se apresentam-se como alucinações, delírios, idéias obsessivas, idéias persecutórias, turvação da consciência, demência, labilidade afetiva, alteração cognitiva; ou segundo o seu conteúdo: erótico, religioso, persecutório, sentimento de culpa, e outros. Normalmente os conteúdos dos sintomas estão relacionados aos temas centrais da existência humana, quais sejam: sexualidade, relacionamento afetivo, procriação, sobrevivência, perdas, doenças, morte, religiosidade, e outros.
Porém, não podemos reduzir a vida de uma pessoa aos conceitos psicopatológicos porque o sujeito humano é muito além dos seus sintomas, suas dores, sofrimentos e manifestações patológicas.
Porém, não podemos reduzir a vida de uma pessoa aos conceitos psicopatológicos porque o sujeito humano é muito além dos seus sintomas, suas dores, sofrimentos e manifestações patológicas.
Delineamento entre o normal e o patológico:
Perceber o que é o normal e o que é patológico em psicopatologia não é difícil quando as alterações comportamentais e psíquicas estão muito exarcerbadas ou são de longa duração. Entretanto, há situações em que o normal e o patológico apresenta-se intimamente ligado, com limites muito tênues, o que não deixa de sugerir que os critérios de normalidade e de patologia variam em função do olhar que se tem sobre aquele indivíduo em determinado espaço e tempo.
A psicopatologia, por seus recortes subjetivos é um campo fértil para críticas e reflexões permanentes, mas ainda assim, a determinação psicopatológica pode ser objeto de implicações legais, criminais e éticas.
Referência bibliográfica
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. 2 ed., Porto Alegre: Artmed, 2008
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